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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Directamente de Castelo Branco

De regresso a terras albicastrenses. Estou aqui há uma semana, mas sinto-me como se estivesse cá há quase 1 mês.

Tenho-me sentido na nuvens, ao mesmo tempo que tenho levado com água fria que o fazem manter os pés bem acentes no chão. Continuo a sonhar com algo que quero, que gostava, ao mesmo tempo que sinto interiormente que tal não vai ser possível. São sonhos que nunca passaram disso: de sonhos. São sonhos em que a sua realização não dependem de mim, e a pessoa de quem eles dependem tem outros sonhos e desejos, não compatíveis com os meus.
Gostar de alguém é assim, entregar nas mãos de outros os nossos sonhos, a possibilidade de se realizarem, parte do nosso futuro e da nossa felicidade.


Passando à frente, escola nova. Ou melhor, instalações novas.
Ali toda a gente se cruza com toda a gente. Ntes raramente encontrávamos alguém que não fosse da nossa turma, mas agora estamos constantemente a esbarrarmo-nos com toda a gente e mais alguma. Incuindo aquelas pessoas que preferiamos nunca as vermos à frente.
Tem estado um calor desgraçado,  mas dentro da escola está fresquinho. Até fresquinho demais!
Já estava tão habituada à outra escola que é estranho estar nesta. Mas sabe bem saber que a escola é perto da residência.  Que em 15min estou lá, sem necessitar de estar dependente de autocarros ou boleias.
Por outro lado, e isto só comprova a má organização das coisas, neste momento estamos sem oficinas. E porquê? Porque ninguém se lembrou de tirar as medidas às máquinas e quando quiseram fazer a transferência das mesma, descobriram ue elas não passam nas portas. Assim sendo, este primeiro semestre vão andar a fazer obras nas oficinas para alargar a entrada a ver se, no próximo semestre, já está tudo transferido para a nova.
Até lá, e agora vem a estupidez, as oficinas continuaram a ser na Agrária, onde sempre foram. Ou seja, 2 vezes por semana, tenho de apanhar o autocarro, andar ainda 10min a pé, continuar com o massacre de antes, longe da nova escola incompleta. 
É esta a organização que temos. Tanta coisa para fazerem as mudanças, que nem confirmaram se tal era realmente possível.


Quanto à nova colega de quarto, mais uma vez, é uma caloira. Chama-se Diana, é de Lisboa, a mãe e a tia são pessoas super simpáticas e, até ver, ela também. 
Nestes dois dias que se passaram desde que ela cá está que nos temos entendido bem. Vamos lá a ver é se assim continua. Eu rezo para que sim, e parece-me que, desta vez, serei ouvida.
Quanto às raparigas do quarto ao lado, ainda não há sinais da sua existência. Que assim continuem que nós agradecemos.

E agora retiro-me, pois parece que a minha pessoa está a querer ficar doente e ando a cair para os lados.
M.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Dois dias diferentes

Sexta-feira à noite fui dormir a casa da minha Aninha e foi noiye de karaoke.
Eles são clientes tão frequentes que já conhecem o pessoal de lá e têm direito ao melhor sítio do bae reservado, com direito a sofás e pufs e coisas que tal.
Pessoalmente, não gosto de karaoke. Cantar, para mim, é na brincadeira ou sozinha, longe de microfones e pessoas a olhar.
Também podia ter dançado, mas, sinceramente, naquele dia não me sentia à-vontade. Não me sentia bem. Era como se tivesse perdida a autoconfiança toda e quisessr estar o mais despercebida possível naquele espaço. E depois era tudo coreografias feitas, e era para eu andar lá completamente perdida!

Sábado passamos a tarde na esplanada, e fomos jantar a Gaia (aquela alheira soube-me pela vida!), e rimo-nos tanto, tanto, mas tanto... já não me lembro da última vez que me ri tanto num só dia! Acho que já me ri para o ano todo!
E claro, quando a Ana começou com aquele seu sorriso característico, foi ver toda a gente a olhar. Difícil passar despercebido assim.

Nesse mesmo dia, antes de irmos vim a casa confirmar se podia mesmo ir. A minha mãe contou que tinha caído e teve a explicar a queda, chegamos cá fora e a Ana espalhou-se ao comprido! Ainda a vi a tentar apoiar-se ao capot do carro, mas sem sucesso. E foi uma queda tão cómica que foi complicado ajudá-la sem me desmanchar a rir. Os trabalhadores que andam aqui na rua até vieram perguntar se ela precisava de ajuda, imaginem só! Ao menos foram simpáticos.

Ao vir embora, e na tentiva de levar o Philippe a casa, como já vem sendo costume, perdemo-nos. Andamos, literalmente, às voltas! E cheguei 10min depois da hora que tinha combinado com o meu pai. O que vale é que ele estava forradinho a dormir.

Estes dois deram para conhecer pessoas novas, distrair-me, conviver um bocado, ir contra ao que estou habituada cá e para rever antigos colegas. E foi super estranho ver a Ana com o Brazuka! Mas ele parece diferente daquilo que era...
E que corra tudo bem, é só o que eu desejo :)

E amanhã vai ser andar o dia todo a correr a fazer tudo, para quarta de manhã me pôr na alheta.
Esta noite pouco irei dormir (ainda vou ler) e amanhã também.
Vou andar de rascos, com dores nos olhos e o caraças, mas pode ser que assim durma a viagem toda!
A mala já está quase feita, ao menos isso. O pior é o resto...

Bem, vou indo. Quanto mais tarde for, menos leio, mais tarde adormeço e menos durmo.

Vou tentar ir dando notícias!

M.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Vamos lá dar vida a isto

A minha pessoa diz que voltou para ficar, mas, vai-se a ver, e a realidade é outra.
A verdade é que ando desanimada e sem vontade para escrever.
Ando com uma saúde um caco! Tenho o belo do colesterol alto e estou com uma ligeira anemia. Anemia esta que me eeixa sonolenta, cansada, sem paciência, irritadiça, e sei lá mais o quê! E pronto, é esta a minha vida...

E depois comecei a ver a série "The Vampire Diaries" e, ao que parece, fiquei viciada naquilo. Então, todas as noites, pego no tablet e enfio-me na cama a ver. Isto depois de ter visto o novo episódio da nova novela da TVI, "Jardins Proibidos" (aproveitar enquanto há TV, que em CB vejo tudo por um canudo).
Acabei ontem a primeira temporada, e agora pretendo fazer uma pausa e dedicar-me à leitura. A ver se termino o livro "A rapariga que roubava livros" antes de voltar para CB. Coisa que farei na próxima terça-feira, e, tendo em conta que amanhã vou passar a noite fora e que irei conhecer as noites no karaoke, isso significa que tenho 3 marabilhosas noites para o acabar. E faltam-me, nada mais nada menos, que 300 páginas. Uma média de 100 páginas por noite.
Ler à velocidade da luz!

Esta semana também me associei ao Círculo de Leitores (que agora tem uma parceria com a livraria Bertrand, o que faz com que haja um maior leque de ofertas), alimentar mais o meu vício. Coisa que o sr meu pai não achou piada nenhuma!
Mas enfim, agora está feito papi!

Vou tentar manter a minha vontade de escrita activa, mas je não promete nada.
Está visto que, neste área, mins não consegue cumprir as promessas.

E agora, fones nos ouvidos, e dedicar-me um bocadinho à leitura.
Quando me cansar da música, delicio-me com o som do temporal que vai lá fora.

Tenham uma boa noite!

M.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Hoje deu-me para os poemas #3

Alma Minha Gentil, que te Partiste

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento Etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente,
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Algũa cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

Hoje deu-me para os poemas #2

E este descreve o que ando a sentir


Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:

Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.


O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

Hoje deu-me para os poemas

Amor é um Fogo que Arde sem se Ver

Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"