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quarta-feira, 14 de março de 2012

Um pouco de mim

Eu e a minha irmã não podemos dizer que não somos filhas dos mesmos pais de tão parecidas que somos!
Separam-nos 13 anos e meio. Ela é casada e já tem filhos. Eu continuo solteira e desempregada.

Como está bom de se ver, as pessoas que moram aqui conhecem melhor a ela que a mim. E, posto isto, a troca dos nossos nomes é constante e, para mim, já normal. Ainda por cima são parecidos. Quer dizer, pelo menos têm a mesma iniciação. 
As pessoas falam para mim e tratam-me pelo nome da minha irmã. De início a correcção era imediata! Agora já nem ligo... Até os meus pais me trocam o nome, por vezes. O padrinho dela raras são as vezes que me chama pelo meu nome. É sempre o dela. E eu habito-ei-me a responder pelo nome dela.

Mas o que hoje aconteceu foi novidade...

Veio aqui um senhor, conhecido do meu pai e que mora aqui perto, buscar um frigorífico para a sucata. Tivemos ainda bastante tempo a falar até que, no fim, ele me perguntou se o meu marido estava na Espanha. Se eu nem namorar namoro, como raio é que sou casada?

Pois, confundiu-me com a minha irmã (ela emigrou). Esteve aquele tempo todo a falar comigo a pensar que era a minha irmã. Nunca tal me tinha acontecido, e é engraçado ver como as pessoas nos confundem. 
Somos realmente parecidas, e isto é a prova disso mesmo!

E fico feliz! Apesar de feitios sermos praticamente o oposto, em muitos aspectos, fisicamente são realmente parecidas (apesar de ela agora estar mais magra que eu, não muito, e de eu não achar piada nenhuma a isso!).

Também existem mais uns casos caricatos, como perguntarem se eu e a mulher do meu padrinho somos irmãs (de feitio somos um tanto ou quanto parecidas, e vistas de trás, muita gente nos confunde. Até mesmo o meu pai!), acharem que o meu pai é meu avó, ou até mesmo que a minha irmã é minha mãe. Estas últimas são as mais frequentes.

E porquê que isto acontece? Porque vim "fora do tempo". Quando minha mãe engravidou já ninguém estava à espera, nem mesmo ela! Na altura era tinha 36, e minha irmã já tinha 13. Nunca ninguém julgou que, ao fim de tanto tempo, ela voltasse a engravidar. Mas aconteceu, na altura em que foi passar o mês de Agosto à beira do meu pai (meu pai, naquela altura, também era emigrante. Sim, nasci numa família onde é emigração é bastante frequente! Principalmente do lado da minha mãe.). E hoje cá estou eu! Com pais que já têm mais idade para ser meus avós que pais, pais que estão presos no passado e que lhes custa adaptar à liberdade que existe neste século XXI. Apesar de eu viver minha adolescência neste século, sou tratada como se ainda tivéssemos no século passado. Muito controlada em questões de saídas, tecnologias e, principalmente, rapazes. Mas já me habituei, e já não me afecta tanto como antes.

Todavia, apesar destas coisitas, até sou feliz! Sobrinha directa mais nova de ambos os lados (até à coisa que 2 anos, em que a minha tia, finalmente, conseguiu ser mãe! Ou seja, do lado materno sou a segunda mais nova, com diferença de 16 anos do neto mais novo), isto nunca foi lá muito bom para mim, sendo aquela que acaba por ficar um tanto ou quanto esquecida e posta de parte, mas adoro a minha família! Uma família propicia para a brincadeira e para a confusão. Uma confusão alegre quando ela se reúne toda (do lado paterno. Do lado materno, alguns deles nem se falam).


E pronto, agora ficaram a conhecer um pouco de mim e da minha família. Nada de mais, como vêem (também não em ia por aqui com pormenores).

 

*Sheila


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