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quarta-feira, 16 de maio de 2012

O dia dos sustos

É assim que descrevo o meu dia de ontem. Pelo menos, na parte da condução.

Como sabem, eu ando a tratar este corpinho. Ia eu, como já é costume das terças-feiras, para casa da dia mulher quando, nem a 4km de casa estava, um homem ao entrar na estrada, olha para cima, não olha para baixo, continua a andar sem me ver e foi por um triz que, à última da hora me viu e travou. Eu desviei o carro. Foi a única coisa que tive tempo de fazer. Mas nada de grave, segui viagem.

O pior aconteceu quando eu já estava a chegar a casa da mulher. Não é que, estou eu a dar a volta à rotunda, e o raio do camião vê-me, trava, mas limita-se apenas a abrandar, continuando o seu caminho, entrando na rotunda à minha frente, assim do nada? 
Consegui travar mesmo a tempo, nem sei bem como! Foi uma fracção de segundos em que o meu cérebro paralisou, e nem em travar consegui pensar. Mas travei! Não faço ideia de como o meu pé foi para o travão, mas foi, e o carro imobilizou-se a tempo. 
O pascácio do homem trava também e fica atravessado no meio da rotunda a olhar para mim. Quer-se dizer, ele é que entra na rotunda assim sem mais nem menos (eu comecei a mudar para a faixa da direita quando me aproximei dele, pois ia sair na saída mesmo ao lado da entrada dele, mas não dei pisca. Ainda era cedo para tal, logo não ia sair na saída antes dele. Nem sequer o carro estava para lá virado. Só se fosse aos zing zags) e ainda fica a olhar para mim como se eu tivesse culpa, ou tivesse à espera que me arruma-se! Que é que ele queria? Que eu estivesse a fazer marcha-atrás numa rotunda quando bastava ele seguir caminho, já que estava lá no meio a impedir a passagem, para eu poder seguir o meu?

Eu sempre disse que, o que tinha mais medo nas estradas, era da chuva e dos camiões. Pelos vistos, tinha razão em ter medo.
Alguns não têm mesmo noção do transporte que trazem em mãos, e dos estragos que um simples acidente com eles. Mais, têm limites e regras de trânsito mais restritas que as nossas, dos ligeiros, e muitas vezes há acidentes por eles não as cumprirem. Ou por espertinhos como este senhor que, como são grandes, se adoram meter à frente, e encostarem-se, e os "pequenos" que se arrumem.
Não digo com isto que, todos os acidentes que envolvam camiões, os camionistas sejam sempre os culpados. Claro que não! Há condutores de ligeiros que também se armam em espertinhos, e depois as coisas acontecem, claro. 
Mas pronto, acho que os camionistas deviam ser tão ou mais cautelosos que nós, condutores de ligeiros.

Claro que, com isto, fiquei totalmente a tremer. Parecia que nem conseguia respirar em condições. O que valeu foi que já estava a chegar à casa da senhora, e consegui aguentar o pouco caminho que faltava, para encostar o carro, poder sair fora dele, e respirar fundo, a ver se me acalmava.


Ao vir embora, apareceram mais dois espertinhos na estrada. Um que, na nacional, mesmo tendo STOP, entra na nacional como se fosse tudo dele. É que nem abrandou! Entrou a uma velocidade que só visto!! E acredito seriamente que nem sequer tenha olhado. Senão teria provavelmente abrandando, porque teria-me visto. Mas como ele não fez, quem teve que travar fui eu! Mas tudo bem...

Depois foi a chegar aqui, numa rua estreita e de curvas apertadas, em que eu buzinei, mas o outro condutor não retribuiu a buzinadela. Por acaso ia mesmo encostada à direita, coisa que naquele sítio raramente vou. Pelo menos não tanto. E, por acaso, ia devagar, senão também seria frente com frente. Um beijinho à maneira! Ele passou à certinha, mesmo rente à frente do carro.

Mas, apesar de tudo isto, consegui chegar inteira em casa, com o carro também intacto (apesar de ele estar cheio de arranhadelas, e ainda com a amassadela do acidente que o meu pai teve, aqui há uns tempos). Graça' a Deus, né? 


Ah!, antes disto tudo, a minha prima veio-me buscar e, ao ir para casa dela, por causa de outro carro que apareceu lançado, numa rua estreita (não passam dois carros), ela quase batia na parede, ao arrumar-se dele. Ficou com a frente mesmo juntinha à parede!

Acho que ontem andava tudo tolo na estrada! Minha mãe dizia que era o Sol. Que as pessoas têm mais cede e bebem mais vinho. Se calhar, até tem razão...


*Sheila

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