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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

E que assim comece a nascer a felicidade

Isto começa a ser preocupante... Começa a ser fazer muitas coisas a dois, a passar grande parte do meu tempo livre com ele, e eu começo a ter medo de estar a viver uma ilusão, ou de estar feliz com uma realidade que não existe.
Mas, por mais medo que tenha, não quero ficar sem isto. Porque me sabe bem, porque me faz feliz. Porque torna a minha estadia em CB mais agradável, porque me faz caminhar, coisa que o médico mandou-me fazer com regularidade.
Já fizemos jantares um para o outro, outras vezes eu levo a comida já feita e jantamos juntos, outras vezes é só para eu ter companhia naqueles trabalhos mais chatos e aborrecidos em que só me apetece desistir deles.
Depois há os momentos de relax, que acaba com arrepios, risos e brincadeira e que eu ADORO!
Como cá nenhum de nós tem popó, ás vezes vamos a pé, juntos, ás compras. Outras fazemos companhia um ao outro a ir para a escola, quando calha de entrarmos à mesma hora e nenhum de nós tem boleia.
Ele precisava de comprar roupa e eu tinha um livro para ir levantar à Bertrand. E este sábado fomos juntos, ao Fórum de Castelo Branco, tratar disso. (por falar em ir ás compras, comprei uns bálsamos de aromas na loja da Ale-hop, numa tentativa de ter um que soubesse a baunilha, e eles revelaram-se uma verdadeira merda!) 
Ir com um rapaz, comprar roupa, é estranho. Para começar, acho isso algo muito "casal", e depois só estou habituada a ir com a Inês, não com um rapaz, Ainda por cima, para ele.
Mas gostei. Acabou por ser uma tarde bem passada, e acabei por fazer a boa de uma caminhada! (e ainda trouxe bombocas de morango para me deliciar).
Hoje ele lembrou-se que havia uma feira cá em CB e perguntou-me se eu já tinha ido lá. Como respondi que não, combinámos que hoje de manhã iríamos lá para ele me mostrar aquilo (outra coisa muito "casal", a meu ver. E sim, eu vou acordar cedo no único dia em que não tenho aulas para estar com ele).

A verdade é que, graças a ele, já conheci bastante coisa em que em CB. Coisas que sabia das sua existência, mas que nunca as tinha ido visitar. Muito por falta de vontade, de curiosidade e de companhia.
Ás vezes até que quero visitar as coisas e conhecê-las, mas não companhia ou quem me puxe para tal, e acabo por me entregar à preguiça e não ir à descoberta de nada.
Ou seja, se não fosse ele, andaria aqui 3 anos e acabaria por ir embora por não conhecer quase nada de Castelo Branco.

E estas coisas que eu digo que são muito de "casal" sabem tão bem... Mas confesso que tenho receio de levitar alto demais. De um dia perceber que andei a viver uma felicidade ilusória, que eu criei com pequenas coisas que me faziam sorrir e sentir-me bem.

Porém, a esperança é a última a morrer, e eu vivo muito com base nela.
Sei também que não é a melhor altura para ele se envolver seja no que for. Que precisa de tempo, de espaço, de voltar a se encontrar, de voltar a sentir-se bem com ele próprio, e de querer voltar a arriscar partilhar a sua vida com outra pessoa.
Portanto, pretendo viver todos estes bocadinhos como se fossem a melhor coisa do mundo, e continuar a guardar e a agarrar a este esperança que tenho dentro de mim.

E que assim comece a nascer a felicidade...

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