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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Dilemas que dão cabo de nós

Tenho andado com a cabeça a mil por causa de querer ir para a França.
Tenho medo que o meu pai não concorde com a ideia e que não me deixe ir. E se não me deixar ir, a minha relação acaba porque ele não quer continuar com uma relação assim à distância. Que aguentava até Agosto para eu poder acabar o curso, mas que depois, ou ia para lá ou acabava-se tudo.
Depois é, não sei falar e não tenho trabalho, nem estou a ver a minha irmã a conseguir arranjar-me um, já que ela vai adiando o assunto e dizendo que tem tempo, mas não quero estar lá a viver às custas de ninguém!
E eu quero estar lá pouco tempo. Juntar o necessário para podermos ter uma casinha e algum de precaução e voltar. O problema é que, pelas minhas costas, 6/7 anos são necessários. Mas se nos juntarmos como ele quer (o que eu acho mal porque são mais despesas que teremos) esses anos vão aumentar e eu não quero!
Daqui a 10 anos os meus pais já têm 70 e vão estar cá sozinhos em Portugal! Não me sinto descansada assim... nem quero ficar lá para sempre! Adoro o meu país!
Eu já cedi e não me importo de ir morar para a terra dele. Ao menos, ao fim-de-semana, sei que posso vir ver os meus pais. Mas na França não.
E na França fico sem as minhas coisas, o meu espaço e sossego que tanto aprecio, os meus amigos... sem poder estar à-vontade porque não é a minha língua e vou andar sempre à nora...
Sei que, se arranjar lá trabalho, é a minha melhor opção para poder ter as minhas coisas, o meu espaço, e uma vida tranquila a dois. E estar perto dele é o ideal! Custa para caraças estarmos assim longe.
Porém, algo me diz que nunca me sentirei plenamente feliz e realizada. Não enquanto não voltar para o meu país!
E esta coisa de não saber o que fazer, não ter planos palpáveis, não ter um trabalho em vista, nada, zero, nicles, ir para lá completamente à toa e às escuras, está a dar-me cabo da cabeça.
E também vai dar cabo da cabeça ao meu pai. Especialmente quando se lembrar que andou a fazer o sacrifício para eu estar na universidade, para os deitar ao lixo. Nem trabalho na área, nem fico no país. E sinto que será o maior desgosto que darei aos meus pais, e que vou ouvir muito "eu disse-te para não ires para esse curso".
Oh sorte...
Sinto-me a entrar num caverna cada vez mais escura...

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