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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Ser mãe

O facebook é o jornal de notícias da vida. Sei coisas de antigos colegas meus e de familiares por lá.
E hoje fiquei a saber que (mais) uma antiga colega minha está grávida. O que me fez vir escrever este post.





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Tenho 22 anos e o desejo de ser mãe vive em mim. Principalmente agora que tenho alguém ao meu lado.
Porém, não quero ser mãe já. Aliás, é uma ideia que em deixa em pánico: ser mãe agora.
Não é por não desejar a criança. Claro que ela serie bem-vinda, e teria todo o amor que merece. Mas iria destruir muitas outras coisas. Coisas que eu preciso para poder ter um filho como realmente deve ser. (e o meu pai matava-me!)

Quero ser mãe quando trabalhar, tiver uma casa e estiver a morar com o meu companheiro. Tivermos uma vida estabilizada, os dois a trabalhar, tudo direitinho como deve ser. Uma vida calma, estável, e que possa dar tudo de bom à criança.
Mas, neste momento, eu estou em Portugal, desempregada, e ele na França, a trabalhar. E não me sinto minimamente preparada para trazer uma criança a este mundo. Quero trabalhar, quero morar com ele,  aproveitar um bocadinho da vida a dois e, aí sim, que venha um rebento!
Mas agora não. Agora seria o meu pânico!

E tendo em conta estes meus pensamentos, esta minha maneira de ver as coisas, pergunto-me como estas minhas colegas reagem a esta nova etapa. Estarão elas realmente preparadas para isso? Por muito que amem o filho, será que não irão também pensar no que perderam? 
Já sei que muita gente vai vir para aqui atirar pedras "dizes isso porque não sabes o que é ser mãe. O amor de mãe compensa tudo".
Ok, tudo bem, concordo. Mas acho que cada coisa tem o seu tempo para ser vivida. E ser mãe dá uma volta de 180º nas nossas vidas. Uma volta que nunca, repito, nunca, poderá ser invertida. Será que, mais tarde, não desejaremos inverter?
Tendo em conta a quantidade de vezes que pessoas mais velhas me dizem "ai se eu tivesse agora a tua idade..." penso que sim.
E espero, espero sinceramente ser mãe, cedo, que eu cá quero ser uma mãe jovem, mas no seu devido tempo e quando me sentir preparada para isso e sentir que, agora sim, é o momento certo para me dedicar a um novo ser. Já fiz tudo o que havia a fazer, já aproveitei o que havia a aproveitar. Tenho trabalho, tenho uma casa, tenho uma vida estável para poder dar amor e tudo o que a criança precisa.
Aí sim, desejarei muito ser mãe. E terei a certeza que farei dele a pessoa mais feliz! Sem medos, sem receios, sem dúvidas.

(e já nem falo das minhas colegas que foram mães com 16/17 anos e que até sua vida escolar afectou. E, uma delas, o pai recusou-se a assumir a criança, e teve que tratar dela sozinha.)

1 comentário:

Tim disse...

olho a minha volta e só vejo bébes e casamntos marcados e eu? Só com uma garrafa de vodka --