Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Sorte ao amor


Nunca fui uma pessoa que teve muita sorte no amor. As coisas sempre correram mal, de uma forma ou de outra. Cheguei a ter medo de voltar a tentar, mas, no fundo, sempre tive esperança de encontrar a pessoa certa.
Na adolescência, quando estas coisas acontecem, ficamos triste e dizemos que nunca mais vamos encontrar mais ninguém e blá blá blá, mas depois acaba sempre por surgir alguém. Somos novos, temos uma vida inteira para viver, com tanto para crescer. Ainda andamos de cabeça na lua, não temos os pés bem assentes na terra.
Porém, com 20 anos, as coisas mudam de figura. Nesta fase, por norma, e pelo menos comigo é assim, já não se procura propriamente um amor, um namorado, mas um estabilidade.

Procuramos concluir cursos, arranjar empregos, de preferência fixos e procurámos também que a pessoa que nós amámos, nos ame também, e assim termos uma relação sólida e estável.
A solidão é algo que me mete muito medo, sempre meteu. Toda a gente me diz "ainda és tão nova... vais encontrar alguém", mas depois há aqueles que dizem "com 20 anos e ainda não tens namorado? Não pode ser... estás a ficar velha". As primeiras pessoas acho que o dizem para que nós não desanimemos, as segundas porque são sinceras. 
Por mais que digam acho que, quanto mais velhos estamos, mais complicado é para arranjar alguém. Especialmente se forem como eu, pessoas caseiras e rotineiras. 

Julguei que tinha encontrado o amor. Era feliz, tão feliz... Estupidamente feliz! Já nem me recordava do que era andar assim.
A vida corria-me tão bem... Não só por isto, mas por tudo!
Mas amar alguém e sentirmo-nos amados é tão bom... É das melhores sensações que há!


Agora, este sentimento está em stand-by. Não sei se volta, não sei se fiquei sem ele...
E esta incerteza deixa-me cheia de medo do futuro. Porque o futuro com ele era agradável, era belo. Era acolhedor, afável. Era um futuro alegre e feliz.
Queria recuperar o passado. Trazer o passado para o presente. E queria voltar a ver o meu presente como o meu futuro, e sentir-me incrivelmente feliz!! Mas as minhas mãos estão presas, a minha mente está vazia. Não sei como recuperar algo que adorava. Algo que me fazia feliz. E, o melhor de tudo, era ver a felicidade reflectida também no seu olhar.
O objectivo do amor é fazer a outra pessoa feliz, e sermos felizes com ela. Queria voltar a conseguir isso. Porque, por muito que seja um desejo egoísta, é um desejo egoísta que fazia bem aos dois. Agora, continuar assim, sem saber o que fazer, o que pensar, está a dar cabo de mim, da minha cabeça. Viver na incerteza não é nada agradável, e já não sei mais que fazer para obter respostas!



Foi um desabafo rápido, porque não há palavras para descreverem sentimentos. Muito menos estes sentimentos tão bons e agradáveis...

M.

1 comentário:

Tita disse...

Como te entendo..