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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Ele sobrevive. O meu coração é que não.

Ontem, como queria ir para a piscina, pois era a última vez que podia ir com aquelas duas pessoas, e como a minha boleia habitual não me podia levar, resolvi arriscar e meter-me na cidade com o carro. Assim, mesmo lá para o meio da avenida.
E adivinhem, o diabo resolveu meter a mãozinha, e tive um acidente. Não faço ideia onde o raio do carro estava, só sei que quando o vi ele já estava à minha frente. Não consegui travar e o choque aconteceu.
Nada de mais, canto com canto, mas o meu coração desfez-se ali. O meu pai não sabia que que eu ia à cidade, e ele ia-se passar quando soubesse.
Foi para o meu padrinho que liguei, foi ele que foi lá ajudar-me. Eu tremia tanto... eu só queria um buraco!

Depois de tudo resolvido, o empregado do meu padrinho foi quem levou o carro para casa da minha tia, a dona da piscina. É que eu estava tão nervosa que o meu padrinho nem quis que eu levasse o carro. E o rapaz foi impecável! Foi o caminho todo a falar comigo, a tentar acalmar-me. Bastante simpático. Muito mais simpático que o antigo empregado que ele tinha. Este sim, está aprovado padrinho!

Com tudo isto, a ma"inha acabou por não poder estar connosco na piscina.  Acabei eu e ele, lá sozinhos, e ainda bem. Da maneira como eu estava só queria era sossego...
Soube bem estar sozinha com ele. Falarmos... desabafar e distrair-me. Mas quando começou a aproximar a hora de voltar a pegar no carro, de ter que ir embora e enfrentar o meu pai... que voltas que me deu na barriga!
Mas, naquele momento, o abraço dele foi a coisa mais maravilhosa que eu podia ter tido! Aqueles abraços confortáveis, apertados, que nos transmite conforto, segurança, paz. Oh, como eu quero mais abraços daqueles...
E fiquei orgulhosa dele, quando ele resolveu enfrentar a vergonha e ir comigo despedir-se dos meus tios.
Pelos vistos, acharam-se mutuamente simpáticos, e a minha tia diz que ele parece ser muito boa pessoa, para aproveitar que já não há amigos assim. Também perguntou se ele era meu namorado, e quando eu disse que não a resposta pronta dela foi "se não são,  ainda hão-de ser". Sempre a querer arranjar-me um namorado. Tão querida que ela é. Eu é que apanho as secas todas por ser a única da família solteira, mas eles ainda parecem mais preocupados que eu. Sempre uns queridos.
Mas bem, lá tive que pegar no carro e passar no local do acidente, para o levar à estação. Como ele diz, fui uma mulher com tomates. E fui mesmo! Mas tinha que ser. Ninguém iria por mim, e se eu não pegasse no carro, iria ganhar medo.
Correu tudo bem. Foi meia gora de viagem,  até casa, sem nenhum susto. Tivessr sido antes assim...

O pior foi mesmo quando cheguei a casa. Mais uma vez, o meu padrinho esteve presente para me ajudar. E ainda bem, porque o meu pai nunca se acredita em nós. Para ele, eu já ia de força e tudo. Ainda bem que o meu padrinho chegou lá e viu os carros no sitio ainda. E viu o estado do carro do outro.
Mesmo assim, ouvi na cabeça que me fartei! Implicava com tudo, atirava tudo à cara, e nem me deixou falar sobre o papel da participação que ele tinha de assinar. Eu andava de coração nas mãos, com medo que este inferno não fosse acabar.
Mas vá, parece que a noite lhe fez bem e, quando chegou a casa, depois do trabalho, disse para pegar nas coisas para irmos ao seguro tratar das coisas. E já falou calmamente comigo e o normal como nos outros dias.
Que peso que me saiu de cima...

E amanhã a mana já está cá de novo! Bendito mês de Agosto!

E agora o boguinhas tem mais um dói-dói. Desculpa, boguinhas...


M.



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