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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Residência universitária

Esqueçam as residências universitárias que vêem nos filmes. Mistas, com grande festas, um quarto para duas pessoas e casa de banho para cada quarto. Esqueçam lá isso porque a realidade é bem diferente.
Onde estou não há cá misturas. Rapazes para um lado, raparigas para outro. Querem estar juntos? Estejam nas salas de estudo.
Isto aqui está dividido por células. Em cada célula existem 2 quartos, em cada quarto 2 pessoas. Existe também 1 única casa de banho para as 4. Estando uma lá, já mais ninguém a pode usar. Especialmente se a pessoa for tomar banho.
Na entrada existe um minibar para as 4. Cada uma fica com um espaço minúsculo em cada prateleira. Praticamente que só dá para iogurtes, queijo e fiambre, e pouco mais. Eles não se devem lembrar que nós temos de comer, que cozinhar, e que dá jeito fazer comida a mais e guardar no frigorífico. Especialmente porque somos quase 40 para uma só cozinha, cozinha essa com somente 2 fogões eléctricos, cada um com 2 discos. E estarmos lá muitos a cozinhar não dá jeito. Eu, por exemplo, detesto estar a cozinhar com pessoas lá. Gosto de cozinhar sossegada. E à pala disso acabo muitas vezes por ir fazer o jantar ao final da tarde, por exemplo, e depois aqueço-o.
O forno avariou o ano passado,  o do piso onde estou, e nunca mais voltou.
A máquina de lavar da minha ala (cada piso tem 2 lavandarias, em cada extremidade) avariou no final do ano passado. Problemas no motor, disseram. Arranjaram e ficou tudo em ordem. Chego cá e o que encontro? A máquina avariada!
Como é que ela avariou se nas férias não estava cá ninguém para a usar?
Agora tenho de andar com a roupa para longe, andar com ela de um lado para o outro, até conseguir uma vaga para a conseguir lavar.
Se gosto de aqui estar? Não. Mas não tenho escolha. E penso no único lado positivo que isto tem: tenho aquecimento. O que cá é uma maravilha, tendo em conta a cidade fria que Castelo Branco é.

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