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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Respondendo à Marcia Leonor, eis como começou

Vou-vos contar um pouco da história para que percebam o porquê de não ter ido atrás "do meu menino".

Tudo começou com uma brincadeira da minha irmã.
A ama da minha afilhada é cunhada dele, e num jantar, em que estavam a contar umas coisas dele, a minha irmã vira-se "a minha irmã é que era boa para ele" e, claro, casamenteira como é, e que não quer ver-me sozinha e solteira, sem lhe dar sobrinhos, começou logo a chatear-me a cabeça. A falar nele, para ir ao facebook ver quem é, e adicioná-lo e meter conversa, etc.
De tanto ela insistir, acabei por ter curiosidade e adicionei-o no face. Não com o objectivo de falar, mas somente de ver quem era. E digo-vos, não lhe achei piada nenhuma!
Mas ele não perdeu tempo e meteu conversa comigo. E ainda pouco tínhamos falado e já dizia que queria que eu fosse mulher dele, e que ia casar comigo, etc, e eu comecei logo a dar-lhe para trás. Doidinhos comigo não dá.
Ainda por cima ele escrevia mal para caraças, era só erros, às vezes via-me negra para o perceber. E estava sempre a mandar bonequinhos que me irritava profundamente! E nunca conseguíamos ter uma conversa com início, meio e fim. E por causa dos horários dele, só falávamos entre as 19h e as 21h, péssima hora para mim que é quando vou jantar e/ou estou a fazer trabalhos. 
De início, até parava o que estava a fazer e dedicava-lhe toda a minha atenção, mas quanto mais falava, menos o gajo me cativava, e comecei a deixá-lo a falar sozinho, ia jantar e já não em preocupava em me despachar, ou, pura e simplesmente, não me apetecia falar e ignorava-o.

Porém, a minha irmã não desistiu. Nem ele. E no primeiro dia de férias lá veio ele ter comigo. E não é que mudei radicalmente o que achava dele?
Continuava a não fazer o meu estilo. E continua a não fazer. É baixo, loiro e tem um bocado ar de azeiteiro (coisa que os meus olhos de menina apaixonada já quase nem se apercebe). Todavia, revelou ser inteligente, cativante, com quem dá gosto falar, com quem me sinto bem, determinado, lutador, e que fez de tudo o que pode para me conquistar. Admitiu que a cena de falar em casamento e assim era numa de ver o que me dizia por causa de histórias passadas dele, que não são chamadas aqui para o blogue, e que os erros é por preguiça. A primeira palavra que aparece no tablet quando ele começa a escrever, é na que ele clica. Diz que não tem paciência para estar ali tchique, tchique, tchique, a escrever tudo direitinho. Que já chegava a altura da escola.
E eu, como não tinha nada a perder, ajudei à festa. Fomos falando todos os dias, por mensagens e chamadas (que ele "roubou" o telemóvel à mãe para que tal fosse possível) e, na semana seguinte, fui com a minha irmã à terra dele (eu sou de Gaia, ele de uma aldeia de Boticas, Chaves). E ele rondou-me tanto "mas queres tentar ou não queres? Preciso que me digas sim ou não" e eu, que já andava a querer ficar pelo beicinho, e já que não tinha nada a perder, disse que sim. "Agora já não me importo que nos vejam juntos", foi a resposta que me deu. Isto porque naquela zona, sendo um meio pequeno, toda a gente se conhece, toda a gente fala. E ele tinha que levar a mãe ao médico e precisava de ouvir um sim para que eu pudesse ir junto sem problema. O que compreendo.
E assim me tornei a primeira rapariga que ele levou lá a casa. Nem as raparigas com quem ele namorou, nem mesmo aquela com quem ele andou mais tempo e que mora lá perto, ele levou lá a casa. Senti-me lisonjeada!
E a mãe dele diz que sou arranjadinha, e simpática, e gostou de mim, que até por filha chegou a chamar-me. 
E gosta muito da minha afilhada (quem não gosta?).
E, neste dia, fiquei a conhecer mãe, tios, primos... O irmão do meio e a cunhada já os conhecia.
Senti-me super bem lá. São simpáticos, acolhedores, é um meio completamente diferente daquilo a que estou habituada, mas gostei de lá andar, e gostei de ver a maneira que ele tenta me entregar na sua vida, na sua família, e o esforço que faz para que as coisas resultem.

Esta era para ser a ultima vez que nos veríamos antes de ele voltar para a França. Porém, ele recusou essa ideia, e disse que não queria partir sem me ver mais uma vez.
Assim, sexta, lá veio ele ter comigo. E eu, mais uma vez, me senti a apaixonar um pouco mais por ele. E já o aceito tal e qual como ele é. Já não vejo os "defeitos" que de início tanto critiquei. Só coisas boas. E a sua mania de tentar fugir das conversas quando não quer responder.
Continuo a não saber o que raio vi nele, porque ele não é alto e moreno, como me costuma agradar. Mas tem aquela barbinha por fazer que eu tanto gosto, e uns olhos verdes que me fazem sentir observada por dentro e por fora.
E gosto de tudo aquilo que ele me faz sentir, da luta que isto me está a dar, de o ver a lutar, a tentar, e de ver que as coisas têm realmente pernas para andar. Que não é só mais um castelo no ar.
E este meu medo de criar fantasias de um futuro que depois pode não existir dá cabo da cabeça a ele, que não entende porque eu insisto em manter o pé atrás, quando há tudo para que dê certo.
E ele, ao contrário de mim, fala imeeeenso no futuro! Um futuro que me agrada, é certo, mas que eu tenho tanto receio que não se torne real, que prefiro nem pensar nele.
E o que mais me agrada nele é a maneira como ele me aceita. Me aceita tal e qual como sou, sem criticar, tentando se adaptar a mim, tal como eu me tento adaptar a ele.

Agora só o voltarei a ver em Abril. Ele vem cá 15 dias, para fazer exames de condução, pois ele anda a irar a carta de pesados e de mais não sei o quê. Ele não gosta de estar na França, e anda a tentar arranjar alternativas para poder voltar para cá, mas mantendo minimamente  a vida que lá leve. 
Mas ele sabe que tal coisa será quase impossível, então pergunta-me diversas vezes se estou disposta a ir com ele para lá.
A verdade, é que já há muito tempo que vejo o meu futuro a passar por terras francesas, por muito que eu tente ignorar tal ideia e que não queira acreditar que assim terá que ser.
Com o surgimento dele na minha vida, só me veio dar ainda mais a certeza de que terei realmente que me preparar para ir para França.
E se assim for, estou a 8 meses de lá ir parar.

Neste momento estou no início do meu sonho. Um sonho que quero que dê certo. Que quero que dure e perdure. Que não faça somente parte do meu presente, mas também do meu futuro.
Esta distância será o nosso teste de ferro. Será o que nos fará perceber se realmente é isto que queremos, se realmente gostamos assim tanto um do outro para tentar todos os meios que tivermos para que sejamos felizes juntos.

E pronto, é esta a história que tenho vindo a ocultar aqui da blogosfera. Uma história bastante geral, não pensem que estão aqui os pormenores todos.
Há muita coisa que só ele e eu sabemos, e assim permanecerá, porque só assim fazem sentido.
Adoro a privacidade da minha vida privada :)

E Marcia Leonor, como vê, ainda poderei ser a doidinha que larga tudo e vaia trás dele. Porém, ainda é cedo para isso.
Eu tenho 21 anos, ele 22, se fizermos isso queremos que seja com tudo muito bem pensado, decidido, e com a certeza de que tão cedo não nos vamos arrepender de tal passo, de que é realmente isto que queremos, e que gostamos realmente um do outro, o bastante para iniciarmos uma vida a dois.


E foi com esta rosa que tudo começou.
Como ele disse "Foi com essa rosa que eu comecei a dar o passo em frente"

E com isto vocês já me fizeram escrever muito!
Venero a pessoa que tenha paciência para ler isto.
E agora vou dormir, que as minhas costas reclamam, os meus olhos ardem, e a minha barriga pede-me a posição horizontal.
E amanhã espero acordar com vontade para estudar muito, que bem preciso. Vou precisar de muita vontade e muita concentração, se quero conseguir estudar tudo e fazer algo de jeito na frequência.
E o ideal era eu ainda ter tempo para fazer  a modelação da casa em 3D, mas parece que será missão impossível.

Vá, beijinhos, e bons sonhos*

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